
O que é certo, é que acabei por me habituar a ouvir constatações do género: – Epá aqueles filhos da mãe só vão para lá para roubarem o Zé Povinho, etc. ...
E muitos outros, cujo conteúdo é impróprio para partilhar aqui convosco, mas com os quais já todos nós estamos familiarizados, desde há muito tempo atrás.
Toda esta banalização dos insultos, acarreta um aspecto negativo, levando a que muitas vezes não nos apercebamos deles, condenando o que à partida seriam excelentes insultos a acabarem por cair no vazio.
Não me levem a mal, cá o pirata adora insultos, então quando têm como alvo a classe politica rejúbilo de contentamento! Aliás, gosto tanto que ao vê-los serem ignorados sem terem a apreciação merecida, fico profundamente transtornado.
Mas pergunto o porquê de tudo isto? O que leva a nossa classe politica a nunca corresponder às expectativas dos Portugueses?
Ao início prometíamos tanto e agora somos sempre os primeiros a contar do fim, o que me leva a perguntar: onde é que a coisa começou a correr mal?
Certo que nem tudo eram rosas, chegando mesmo a ocorrer algumas situações embaraçosas. Por exemplo, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal batia na mãe, D. Pedro I chegou ao ponto de proclamar o cadáver da sua amante como Rainha, mas, ainda assim, tudo corria bem e ninguém nos conseguia parar.
Mas, no entanto, na actualidade parecemos sofrer de um Síndrome Mamede generalizado, sendo perseguidos pelos fantasmas do passado, como o Adamastor e o velho do Restelo, que se materializaram sob a forma de Albertos João Jardim e Jerónimos de Sousa, entre outros.
Quem sabe se quando o Sebastião voltar, as coisas possam finalmente melhorar... entretanto espera-se...
2 comentários:
Bater na mãe é natural do português. Aliás, bater nos avós, pais, irmãos, tias, primos, vizinhos, mulheres, crianças, animais e tudo o mais que apareça a frente também é normal no dia a dia do português que acorde destapado e sem dinheiro para a manta. Do tecto escorre água que cai na nádega esquerda destapada, o vidro da janela fechada é partido por um bola chutada por um miúdo qualquer cheio de ranho a pingar do nariz. A campainha soa, e nesse instante surge o homem que vem cortar a electricidade por falta de pagamento. O vizinho de cima faz mais barulho enquanto dorme do que acordado…
Pronto.... Foi desta que não percebi um caralho! Belo pirata
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