terça-feira, novembro 28, 2006

A Verdadeira História de Vasquinho da Gama

Meus caros quero aqui partilhar convosco, os verdadeiros acontecimentos que estiveram na origem da descoberta do Caminho Marítimo para a Índia. Trata-se de um relato diferente dos que tomámos conhecimento anteriormente nos livros de História, ou através do Prof. José Hermano Saraiva.
Eis então a verdadeira história de Vasquinho da Gama.

Pequeno Vasquinho da Gama nasceu em Sines decorria o ano de 1469. Desde muito cedo revelou grandes aptidões para as artes da navegação, pois, quando contava com apenas oito anos de idade já era o arrumador de traineiras mais conhecido de toda a cidade de Sines. Costumava faltar às aulas propositadamente, para ficar a arrumar traineiras, actividade esta, que lhe garantia os rendimentos para matar os vícios do álcool, do tabaco e da droga.
Com tão grande devoção demonstrada pelo mar, mas, sobretudo pelos gamanços que o pequeno catraio vinha a aperfeiçoar ao longo dos anos, levaram a que o Sr. Estevão da Gama e a D. Isabel tomassem a decisão de colocar o jovem Vasquinho na Universidade do Vale do Tejo e Arredores, onde frequentou o curso de Descobridores.
Algures no meio dos vários anos de insucesso académico, onde a única coisa que descobriu foi o caminho marítimo para o casal ventoso, veio a conhecer a menina Catarina de Ataíde, a qual que se viria a revelar o grande amor de sua vida, e que por pura coincidência era filha do reitor.
Após três horas de conhecimento mútuo e muitas confissões, em que Vasquinho contou a Catarina do seu desejo de se tornar arrumador profissional de traineiras, e esta por sua vez lhe falou como tinha sido aprisionada pela guarda real por fazer downloads ilegais de música, decidiram que era chegada a altura de casarem. Mas, antes mesmo de terem hipótese de consumarem o matrimónio, e fruto da intensidade do seu amor, conceberam o seu primeiro filho.
Quem não ficou satisfeito com toda esta situação foi o Sr. Reitor da Universidade do Vale do Tejo e Arredores, que além de expulsar Vasquinho da universidade, proibiu-o de se voltar a relacionar com Catarina.
Sentindo-se sozinho, privado do amor de Catarina e do seu direito à educação, decidiu que era chegado o momento de tomar um novo rumo na sua vida, estava determinado a provar que tinha capacidades para providenciar um futuro a Catarina e ao filho que esperavam. Como prova da sua determinação, deixou de beber e de fumar no mesmo dia, ou seja ia alternando, num dia trabalhava para o cancro do pulmão e no outro para a cirrose, quanto às drogas foi bastante sensato e deixou por completo de consumir as mais leves.
Determinado em aumentar significativamente os seus rendimentos, questionou-se ao longo de vários dias, sobre qual a melhor forma de o conseguir, se legal ou ilegalmente? Surpreendentemente teve uma ideia, mas o que o surpreendeu mais ainda, foi tratar-se realmente de uma boa ideia, provavelmente a sua primeira.
Tal como na actualidade, já no século XV as únicas actividades rentáveis eram as lojas dos chineses. Vasquinho sabia-o, e desde então toda a sua vida mudou, pela primeira vez tinha um objectivo pelo qual deveria lutar. Contudo, o seu plano quase perfeito, acarretava consigo um sério problema, que passava pela aquisição dos produtos para comercializar. Como é compreensível, na altura as rotas comerciais ainda não estavam optimizadas de forma a satisfazer as necessidades dos consumidores, por isso a única solução seria ser ele a fazer o transporte.
Naquela altura El Rei D. Manuel treinava-se arduamente para participar na prova de vela (Classe Naus), nos Jogos Olímpicos e Vasquinho viu na Nau a oportunidade de cumprir o seu plano. Tratava-se de uma embarcação suficientemente grande para o transporte de mercadorias. Graças à prática adquirida ao longo dos vários anos a arrumar traineiras e às três páginas de apontamentos das aulas de Navegação, dos vários anos passados na "Universidade do Vale do Tejo e Arredores", também não deveria ter grandes problemas em controlar a embarcação.
Certo dia, aproveitando o dia de greve da Guarda Real, subiu a bordo da Nau e soltou amarras rumo à china.
A viagem decorria sem sobressaltos, mas ao fim de 3 meses de viajem, foi apanhado numa turbulenta tempestade, que danificou o mastro principal, deixando-o à deriva. Perdido no meio do oceano lamentou a sua falta de sorte, mas sobretudo, lamentou ter usado os apontamentos com as medidas de emergência das aulas de Navegação como mortalhas.
Esta conjugação de eventos, desviou Vasquinho da rota que deveria ter seguido e ao invés de ir para a china acabou por chegar à Índia.

quarta-feira, novembro 15, 2006

Funcionárius Públicus

A origem do Funcionárius Públicus ou como é corriqueiramente denominado "Bicho Público" é ainda desconhecido. Existe no entanto grande especulação à volta do assunto, pois no campo da biologia ainda ninguém conseguiu comprovar cientificamente a origem do bicho.
A prova de que a comunidade científica está embaraçada com esta situação é que nem Darwin no seu aclamado livro “A Origem das Espécies” consegue formular uma hipótese concreta, preferindo nem sequer abordar o assunto.
Para se piratear tem que se ouvir também, e eu andei a ouvir que provavelmente o Bicho Público devido à sua extrema lentidão teria provavelmente como ancestrais, as Preguiças da América do Sul.
Ora este tipo de afirmação é uma atrocidade, e sinto que é meu dever esclarecer a opinião pública, pois apesar de a pilosidade do Bicho ser em alguns casos equiparável à da Preguiça, é notório que o Bicho Público é bem mais lento.
Por isso meus caros, peço para terem cuidado, pois comparações deste género podem facilmente ferir susceptibilidades e a Preguiça é uma espécie que merece o nosso respeito.

terça-feira, novembro 07, 2006

Antes não era assim...

Todos os dias ouvimos alguém a queixar-se do poder político, é já algo que surge naturalmente, independentemente das ideologias ou cores partidárias no poder.
O que é certo, é que acabei por me habituar a ouvir constatações do género: – Epá aqueles filhos da mãe só vão para lá para roubarem o Zé Povinho, etc. ...
E muitos outros, cujo conteúdo é impróprio para partilhar aqui convosco, mas com os quais já todos nós estamos familiarizados, desde há muito tempo atrás.
Toda esta banalização dos insultos, acarreta um aspecto negativo, levando a que muitas vezes não nos apercebamos deles, condenando o que à partida seriam excelentes insultos a acabarem por cair no vazio.
Não me levem a mal, cá o pirata adora insultos, então quando têm como alvo a classe politica rejúbilo de contentamento! Aliás, gosto tanto que ao vê-los serem ignorados sem terem a apreciação merecida, fico profundamente transtornado.
Mas pergunto o porquê de tudo isto? O que leva a nossa classe politica a nunca corresponder às expectativas dos Portugueses?

Ao início prometíamos tanto e agora somos sempre os primeiros a contar do fim, o que me leva a perguntar: onde é que a coisa começou a correr mal?
Certo que nem tudo eram rosas, chegando mesmo a ocorrer algumas situações embaraçosas. Por exemplo, D. Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal batia na mãe, D. Pedro I chegou ao ponto de proclamar o cadáver da sua amante como Rainha, mas, ainda assim, tudo corria bem e ninguém nos conseguia parar.
Mas, no entanto, na actualidade parecemos sofrer de um Síndrome Mamede generalizado, sendo perseguidos pelos fantasmas do passado, como o Adamastor e o velho do Restelo, que se materializaram sob a forma de Albertos João Jardim e Jerónimos de Sousa, entre outros.
Quem sabe se quando o Sebastião voltar, as coisas possam finalmente melhorar... entretanto espera-se...